Desafio de implantar uma incubadora de base tecnológica no CEFET-MG

Sexta-feira, 11 de março de 2011

Última modificação: Sexta-feira, 12 de novembro de 2021

Primeiro desafio é aproximar a comunidade acadêmica da incubadora de empresas. A nosso ver, essa comunidade desconhece o potencial que a instituição coloca a seu favor no intuito de favorecer a constituição de novos empreendimentos

     O contexto brasileiro de incubadora de empresas está crescendo a uma taxa superior a 25% ao ano, conforme relatos da literatura. Essas incubadoras apoiam mais de 4.800 empresas e geram próximo a 20.000 empregos diretos. Inserido nesse movimento, o CEFET-MG, por meio da Coordenação Geral de Transferência de Tecnologia, tem procurado apoiar o desenvolvimento de projetos tecnológicos de inovação e empreendedorismo tanto na capital quanto nas unidades do interior; entretanto, alguns desafios são visíveis.
     Primeiro desafio é aproximar a comunidade acadêmica da incubadora de empresas. A nosso ver, essa comunidade desconhece o potencial que a instituição coloca a seu favor, no intuito de favorecer a constituição de novos empreendimentos. De nada adianta montar uma estrutura com salas, equipamentos e apoio administrativo se não temos como resultado a inserção de projetos e, por consequência a criação de empresas. A exigência dos órgãos de fomento para apoiar os projetos baseia-se no número de CNPJ.
     Por outro lado, as incubadoras precisam sintonizar suas estruturas e serviços com as novas exigências da sociedade. Montar espaços, baseados na insuficiência de recursos, implica num processo de gestão que não facilita a obtenção de resultados, determinando ao longo do tempo a perda de credibilidade.
     A incubadora precisa ampliar quantitativa e qualitativamente os seus resultados, de forma a alcançar um percentual mais expressivo da população, principalmente a comunidade acadêmica . Como meio de atingir esse desafio, percebemos que a incubadora deve implantar uma plataforma de soluções, baseada nas melhores práticas de gestão de incubadoras que permita orientar seus processos e dar conta desta complexidade inserida no contexto institucional. Isso foi pleiteado junto à RMI – Rede Mineira de Inovação / Fapemig e encontra-se no momento em fase de análise.
     Observa-se que uma característica essencial de uma incubadora é o monitoramento, orientação e avaliação constantes dos empreendimentos, de forma a decidir quais estão preparados para operar fora da incubadora e aqueles que devem ser descontinuados. Para isso, precisamos de pessoas motivadas, capacitadas e experientes. Esse é o maior desafio institucional e deve fazer parte de política de recursos humanos.
     Na entrevista deste CEFET-MG é Notícia apresentamos algumas considerações sobre a incubadora de base tecnológica, sobre a Nascente e seus projetos, sobre as formas de participação, que acredito merecerem a atenção do leitor,  no sentido de contextualizar e quem sabe participar desse esforço institucional de desenvolvimento de sua política de extensão.

Fonte: Desafio de implantar uma incubadora de base tecnológica no CEFET-MG. CEFET-MG é notícia, Minas Gerais, mar. 2011. Opinião, p. 2.